Começamos a existir Naquele Sonho que faz realidade todos os outros, derramando o Seu amor, através do amor de dois seres humanos, e, no milagre da vida, descobri-mo-nos capazes de pensar, de amar, de chorar, mas também de sorrir. Misturando este sonho, agitado pela vida, assim pensamos... e do pensar a letra se faz, e da Palavra se recomeça de novo, como na Origem.

27 fevereiro 2008

Um brinde espirituoso ao mistério que é a vida!

No meio do Universo há estes seres animados pensantes que somos nós. Não sei se somos seres porque pensamos ou se pensamos porque somos seres. Vivemos cada dia na esperança de que não sejam apenas uma sucessão de dias, mas que contenham em si, como em germen, o sentido do definitivo e pleno Dia. Parece que em cada dia vivemos um simpósio com os nossos semelhantes. E bebemos o vinho doce da alegria e do amor, mas também o amargo que a nossa convivência por vezes nos trás. É quase que numa esponja de vinagre... No meio do mistério que é a vida, gostava de propor um brinde feito com a bebida do esforço de cada dia. E porque somos também "alma", que ele seja um brinde espirituoso, o de seres animados pensantes, que o fazem com o vinho do esforço de cada dia.

22 fevereiro 2008

Paixão por Cristo, paixão pela humanidade, vividas em comunidade

Vale a pena dar uma "vista de olhos" pelo texto integral desta mensagem da UCESM, recentemente reunida na Bélgica. Transcrevo apenas uma das muitas ideias que nos devem fazer pensar. Deixo o link.
Nós cremos que a comunidade, dom do Espírito, afirma o primado de Deus e o seu Reino, porque é o lugar do encontro com Cristo que nos escolheu e reuniu, e nos dá a graça de responder ao seu amor, vivendo uma fraternidade autêntica, alegre e legível.
Nós cremos que a comunidade é uma verdadeira escola que conduz a um processo de conversão do eu ao nós, suscitando a paixão pelo encontro e o gosto de ser feliz juntos.
Nós cremos que a comunidade é escola de relação, na qual se tecem pacientemente os laços com o outro, pondo em comum os recursos, as dificuldades e as fragilidades de cada um. A força da relação constrói comunhão e a unidade cria-se integrando as diferenças. Nós cremos que a comunidade é escola de reconciliação e perdão. [...] Nós cremos que a comunidade é escola de hospitalidade, para dar espaço a Deus e aos outros, e escutar o grito dos excluídos [...] Nós cremos que uma comunidade evangelizada é chamada a evangelizar.

20 fevereiro 2008

Dar a vida...


Somos seres animados pensantes! Escrevo-o muitas vezes por aqui. Quando uma pessoa se põe a pensar nas várias coisas da vida, nas realidades que nos envolvem, em tanta coisa... enfim, no que vai cá dentro, surgem perguntas deveras complicadas. Um dia destes voltei a pensar no ocaso da vida de uma pessoa que deu tudo pelos outros. Curiosamente essa pessoa, que viveu de uma entrega constante aos outros, sem reservas para si - afinal os outros precisavam - acabou por morrer sozinho, com os seus últimos dias semelhantes aos de um vagabundo que não tem eira nem beira. Não que não tivesse tecto. Nem que lhe faltasse comida. Mas morreu faltando-lhe talvez o essencial: o amor. O mais curioso é pensar que isto continua a acontecer muitas vezes e com muita gente. Mas concretizando, faz-me pensar muito aquilo que acontece aos padres no final das suas vidas. Um dia deixaram tudo para O seguir. E dentro das suas limitações viveram a sua vida como um verdadeiro serviço aos outros. A todos. Sem reservas. Chegada no entanto a velhice, em que o seu serviço aos outros pouco mais poderá ser do que a oração, algo a que não se tende a dar tanto valor, parece que já só empatam! São velhos. Chatos. E tantas outras coisas que não escrevo. Mas e que foi feito da alegria que deram quando se dispuseram a servir todos? Porque não acolhem agora os seus irmãos aquele que viveu para eles? Viveram uma vida para todos, sem nenhuma exclusividade para quem fosse. E agora quem os ampara? O bom Deus certamente. Mas humanamente é um exemplo de como somos também consumistas. Falamos das famílias que não acolhem os seus idosos, e muito menos se preocupam com eles. E esta grande família dos irmãos de Jesus? O que faz aos que se lhe entregaram? Vale a pena pensar...

10 fevereiro 2008

Um retiro...

Começar a quaresma é sempre oportunidade de rever metas e caminhos, refrescar objectivos... numa palavra: conversão!!! Os primeiros dias foram oportunidade para um retiro do quotidiano, para entrar dentro de um eu humano que tantas vezes anda esquecido. De facto quantas vezes se esquece que no comboio da vida não estamos sós... nem somos chamados a viver como solitários. Ocorre-me uma frase que resumiria estes dias: acreditar no amor e viver a salvação como amor!