Começamos a existir Naquele Sonho que faz realidade todos os outros, derramando o Seu amor, através do amor de dois seres humanos, e, no milagre da vida, descobri-mo-nos capazes de pensar, de amar, de chorar, mas também de sorrir. Misturando este sonho, agitado pela vida, assim pensamos... e do pensar a letra se faz, e da Palavra se recomeça de novo, como na Origem.

28 setembro 2006

"Nem o nosso temor é constante, nem o nosso amor é estável"

Hoje ao ler um texto de Sto. Agostinho, apeteceu-me partilhar com quem o ler um pequeno pedaço, que me fez sentir um ser animado pensante!!!
[...] qual é o homem que pode julgar o homem? A terra está cheia de juízos temerários. Aquele de quem perdêramos toda a esperança, dum momento para o outro converte-se e torna-se o melhor de todos. Nem o nosso temor é constante, nem o nosso amor é estável.
O que é hoje cada homem, dificilmente o sabe o próprio homem. E se de algum modo sabe o que é hoje, não sabe o que será amanhã.

27 setembro 2006

Talvez...


Talvez um dia brinquemos com as palavras
Talvez um dia sonhemos com outras realidades
Ou talvez não...

Talvez um poema, ou quem sabe uma prosa
Uma prece, ou um simples pedido,
Num dia alegre ou triste...

Penso que tanto faz... Porque talvez
Nunca me esqueça de quem não se esquecer de mim
E talvez guarde dentro do meu peito recordações felizes.

Então ouvir-te-ei, não importa onde nem quando,
Mas as tuas palavras hão-de ecoar no meu coração
E TALVEZ te ensine o que é escutar.

19 setembro 2006

A minha meta... é CRISTO



Caminhar... Caminhar... Caminhar... sem nunca perder a esperança. Novas experiencias... Novas realidades... espera-me alguma coisa nova e diferente. Mas não... não mudei o rumo, como já escrevi aqui, o que tenho de novo é o jeito de caminhar...

18 setembro 2006


Meu Senhor e Meu Pai,
que eu Te conheça
e Te faça conhecer
que Te ame e Te faça amar
que Te sirva e Te faça servir
que eu Te louve
e Te faça Louvar
por todas as criaturas. Amen.

14 setembro 2006

Cada dia...É sonho, é poema...

Cada dia é sonho...É poema.
É manhã que se levanta
no acordar preguiçoso do sol,
nas densas nuvens que encanta.

É sol que brilha no horizonte.
Bem alto no alto do céu...
e brisa que acaricia a fronte.
É misto de ternura e de fúria,

Com o tempo e o vento...
que dança ora rápido, ora lento,
com frémitos de luxúria...

E é noite que depois do sol posto
nas estrelas, adormece com o teu rosto,
cada vez mais meu...

11 setembro 2006

Terrorismo...

11 de Setembro. As palavras não conseguem transmitir a dor que sentiram as pessoas que de alguma forma estiveram envolvidas pelos atentados deste dia há cinco anos atrás. Nós próprios nos sentimos constrangidos pela dilaceração que aconteceu. O Homem que mata o seu próprio irmão. Caim e Abel. E nós próprios, os nossos pequenos conflitos que ali se manifestam elevados ao cubo. No fundo, embora haja muitas maravilhas, na verdade somos cada um de nós responsáveis por uma pequena parte de terrorismo. Por certo não aquele que aconteceu há cinco anos atrás, mas por aquele que praticamos para com aqueles que nos rodeiam. Não são acções comparáveis ao terrorismo, podemos pensar, mas a verdade é que continuamente podemos correr o risco de deixar de fazer o que queríamos que nos fizessem e... praticar "terrorismo". Um terrorismo por vezes apenas por palavras, apenas por pensamento... mas já o poeta dizia que as palavras são facas, e matam mais que um punhal. É um dom a nossa vida, que devemos continuamente agradecer e preservar. A nossa e a dos outros. A nossa e a do nosso próximo. E quem é o meu próximo? Quantos aparecem na nossa vida? A quem ignoramos tantas vezes? Hoje apeteceu-me ser um ser animado (que questiona) pensante!!!!!!!!

10 setembro 2006

«Tende coragem, não temais. Aí está o Vosso Deus [...] ELE PRÓPRIO VEM SALVAR-NOS»


Passam os dias. Acho que devagar. Ou talvez depressa demais. Nem sei bem como classificar o tempo que passa. Hoje, como ontem, "Ele próprio vem salvar-nos". E nós podemos estar distraídos, ou mesmo impedidos de O ver. "Tudo o que faz é admirável: faz que os surdos oiçam e os mudos falem". E nós somos tantas vezes surdos à Palavra... e tantas vezes ainda mais mudos para com a mesma Palavra. Esquece-mo-nos dos outros, de nós próprios... e começamos a viver num castelo onde nem nós conseguimos entrar. Do alto dos nossos montes, onde não deixamos ninguém subir, vemos tudo, ouvimos tudo, mas não fazemos nada. Acho que amamos às vezes uma solidão solitária, onde estamos sós, mas sem estarmos. Parece uma afirmação de loucos. Mas é verdade que reconheço em mim isto mesmo. Pareço atravessar um rio e apesar do seu caudal não fico molhado. "Ele próprio VEM". Apetece-me dizer, vem... mas depressa porque estou a desanimar. Mas sei que "quando Ele vier" «o coxo saltará como o veado e a língua do mudo cantará de alegria. As águas brotarão no deserto e as torrentes na aridez da planície; a terra seca transformar-se-á em lago e a terra árida em nascentes de água.»

07 setembro 2006

Uma sms que alguém me enviou...


"A glória da amizade não é a mão estendida,
nem o sorriso carinhoso,
nem mesmo a delícia da companhia.
É a inspiração espiritual que vem quando descobrimos
que
alguém acredita e confia em nós."

Tem direitos de Autor, foi a Joana Maria que me enviou este pensamento que disse ter descoberto no Almanaque. :-)

01 setembro 2006

Irmão Roger de Taizé: Algumas palavras da carta inacadaba...

«Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz»: que paz é esta, que Deus dá?É antes de mais uma paz interior, uma paz do coração. É ela que permite lançar um olhar de esperança sobre o mundo, mesmo se ele é tantas vezes dilacerado por violências e conflitos.Esta paz de Deus é também um apoio para que possamos contribuir, muito humildemente, para a construção da paz onde ela se encontra ameaçada.A paz mundial é tão urgente para aliviar o sofrimento, em particular para que as crianças de hoje e de amanhã não conheçam a angústia e a insegurança.No seu Evangelho, numa fulgurante intuição, São João exprime quem é Deus em três palavras: «Deus é amor.» Basta compreendermos estas três palavras para podermos ir longe, muito longe.O que nos cativa nestas palavras? É encontrar nelas esta certeza luminosa: Deus não enviou Cristo à terra para condenar quem quer que seja, mas para que todo o ser humano se saiba amado e possa encontrar um caminho de comunhão com Deus.Mas por que razão há pessoas que o amor deslumbra, que se sabem amadas, realizadas? Por que razão há outras que julgam ser desprezadas?Se cada um de nós compreendesse: Deus acompanha-nos mesmo na nossa solidão mais insondável. Ele diz a cada um de nós: «És precioso aos meus olhos, eu estimo-te e amo-te.» Sim, Deus só pode dar o seu amor, aí se encontra todo o Evangelho.O que Deus nos pede e nos oferece é que recebamos a sua infinita misericórdia.Que Deus nos ama é uma realidade por vezes pouco acessível. Mas quando descobrimos que o seu amor é antes de tudo perdão, o nosso coração encontra sossego e acaba por transformar-se.Eis que nos tornamos capazes de confiar a Deus o que perturba o nosso coração: encontramos então uma fonte onde buscar nova vitalidade.Estaremos bem conscientes? Deus confia tanto em nós que dirige a cada um de nós um chamamento. O que é esse chamamento? É o convite a amar como ele nos ama. E não há amor mais profundo do que ir até ao dom de si próprio, por Deus e pelos outros.Quem vive de Deus escolhe amar. E um coração decidido a amar pode irradiar uma bondade sem limites.Para quem procura amar com confiança, a vida enche-se de uma beleza serena.Quem procura amar e dizê-lo através da sua vida é levado a interrogar-se sobre uma das questões mais prementes: como aliviar as penas e o tormento daqueles que estão próximo ou longe?Mas o que é amar? Será partilhar o sofrimento dos mais maltratados? Sim.Será ter uma bondade infinita de coração e esquecer-se de si próprio por causa dos outros, de forma desinteressada? Sim, certamente.E ainda: o que é amar? Amar é perdoar, viver reconciliados. E a reconciliação é sempre uma Primavera da alma."

(excerto da carta por Acabar)