Começamos a existir Naquele Sonho que faz realidade todos os outros, derramando o Seu amor, através do amor de dois seres humanos, e, no milagre da vida, descobri-mo-nos capazes de pensar, de amar, de chorar, mas também de sorrir. Misturando este sonho, agitado pela vida, assim pensamos... e do pensar a letra se faz, e da Palavra se recomeça de novo, como na Origem.

03 dezembro 2009

Louco?! [2]

Andei a revisitar os textos do meu blog, e apesar de outros textos mais próprios de advento, sabe bem reler este. A mim soube. Porque só um Deus enlouquecido de Amor pelo Homem pode continuar a vir ao seu encontro. Porque só um ser humano que enlouqueça de amor por Deus pode deixar-se ir ao seu encontro sem temer o quando. Em 7 de Maio de 2007 dizia assim um post:

«...Vácuo imóvel e mudo! Necessidade fria e eterna! Destino louco! Que sós estão na ampla necrópole do universo. E eu também estou só, só comigo mesmo. Ó Pai, onde está o teu peito infinito para poder reclinar-me nele?...» (o Homem louco - texto adapt. de Jean Paul, filósofo ateu francês - Excerto do Teatro "Deus Morreu?!", apresentado pelo S M G)

Por vezes a personagem que encarnei sou eu mesmo, em cada dia. Também tenho dias em que me sinto só. Só, comigo mesmo. Só, no meio do mundo. Só, na presença de Deus. Mas só. Que raio de vida. De facto, que destino - entenda-se vida - louco! Quanto de só, de vácuo, de imóvel e mudo tem por vezes o meu interior. Quisera tantas vezes dar largas a todo o turbilhão de sentimentos que pululam bem dentro de mim. Mas não. Calo e não digo. Penso mas não faço. Engulo mas não deixo transparecer. Pergunto-me tantas vezes se Seguir Cristo também é isto.

Não olho para tudo como uma ampla necrópole, tudo à espera de uma purificação pela morte, e num momento futuro é que tudo há-de ganhar sentido. Deus há-de ser tudo em todos, sim. Mas a criação é obra Sua. E não creio que esta seja uma imensa cidade de mortos, onde as diversas cores deixam adivinhar a alegria do que é estar ainda do lado de cá. Mas porque há-de ser tudo assim? Porque não havemos de poder dizer tudo quanto nos vai na alma? Diz o salmista, "agora porém gritarei como aquela que dá à luz, desafogarei todo o meu ardor". e GRITO. E gritarei. Não sei se seguir Cristo é também isto. De certo é abandonar-se à Sua vontade e acreditar que nenhuma dificuldade é maior do que Ele. Quando nos sentimos sós, e comigo muitas vezes felizmente acontece, depois de algum modo Ele (Se) me faz sentir bem perto.

Louco?! Sim, bastante pois não é fácil que muitos vejam sensatez na adesão a Alguém que deu tudo sem esperar nada em troca, e que quer que façamos o mesmo. Não seremos salvos de certeza pela grandeza dos nossos méritos, mas pelo Amor infinito e omnipotente que Deus nos manifestou no Seu Filho. Louco Ele, insensato aos olhos do mundo. Mas não encontrou Ele descanso no peito infinito do Pai? Não foi Ele ressuscitado como Aquele a quem o Pai disse "o meu amor por ti quer dizer Tu-não-morrerás" (G. Marcel)?!

Sabe bem ser louco, insensato aos olhos do mundo. Perder comigo mesmo o sentido das coisas. É uma necessidade fria, e eterna enquanto houver humanidade, esta de procurar um sentido. Mas é quando o perco que logo aí me consigo voltar a encontrar... Há males que vêm por bem.

O dia termina. Amanhã levantar-se-á o Sol da Justiça. Termino com uma prece. Permite-me ó Pai, encontrar o teu peito infinito para poder reclinar nele a minha cabeça e encontrar em Teus braços a força que hoje me falta.

04 novembro 2009

Assumir a Cruz

A melhor forma de prepar a morte é vivermos santamente a vida. Disto mesmo dá testemunho a Palavra de Deus que hoje escutámos. Paulo dirigindo-se aos Romanos, exorta-os, e a nós também: «Não devais a ninguém coisa alguma, a não ser o amor de uns para com os outros, pois, quem ama o próximo cumpre a lei. De facto, os mandamentos que dizem: Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e todos os outros mandamentos, resumem-se nestas palavras: Amarás ao próximo como a ti mesmo. A caridade não faz mal ao próximo. A caridade é o pleno cumprimento da lei.» É suficientemente claro para necessitar de uma explicação mais directa. O nosso dia hoje, neste momento, pela fé, faz-nos perceber a necessidade de vivermos veradeiramente a caridade. Ao mesmo tempo sentimos a dificuldade em assumir-mos que há de facto algo que devemos uns aos outros: o Amor que Deus nos tem e que nos leva a amar os irmãos, ou pelo Amor que Deus tem aos outros, devemos amá-los.
Daquele que assim proceder, diz o salmo «O seu coração é inabalável, nada teme». Esse põe a sua confiança no Senhor, coloca nele a sua justiça, ama os seus preceitos, sabe que não deve fazer mal ao seu próximo.
É claro que é bem mais fácil dizer do que fazer. Mas as palavras de Jesus no Evangelho de hoje iluminam-nos mesmo assim: «Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo». Quiseramos que fosse mais fácil, quiseramos que tudo isto fosse possível sem cruz. Mas Jesus desafia-nos, como temos vindo a escutar no Evangelho dos domingos precedentes, a segui-Lo pelo seu caminho. Um caminho que conduz a Jerusalém, que passa pela cruz. Um caminho que só teremos seguido verdadeiramente se assumir-mos também a nossa cruz.
Pela fé acreditamos que este caminho não termina na cruz. Pela fé sabemos que o de Jesus não terminou na cruz. Pela fé esperamos que também o nosso há-de terminar com um começo: a noite da dor do Filho único de Deus, abre-se à luz pascal, e por isso hoje estamos aqui a implorar para este nosso irmão, cuja vida passou do meio de nós, o dom de Deus, o dom da vida eterna. Que o Senhor, bom Pastor, que nos faz caminhar em prados verdejantes, a quem temos por apoio, que prepara para nós a mesa e o cálice, mesmo diante dos nossos problemas, nos ensine a todos o caminho da vida, para que a seu lado, como hoje imploramos para o nosso irmão, vivamos, um dia, na plenitude Sua da alegria.

19 setembro 2009

O Senhor sustenta a minha vida (partilha)

Esta é a partilha que vou fazer este Domingo nas novas comunidades onde farei estágio pastoral. Pode ser que ajude aqueles que o lerem, mais que não seja a que possam rezar por mim, em mais uma etapa.
Este Domingo a Palavra de Deus que nos é proposta coloca frente a frente dois modos de proceder: o dos ímpios e o dos justos. Há os que vivem na rectidão, na paz, que procedem com misericórdia. E há os que pensam em invejas, rivalidades, conflitos e toda a espécie de más acções. No seu caminho estes últimos, os ímpios, encontram o justo, que até pela sua vida é uma reprovação viva do seu modo de proceder. Jesus, no Evangelho, não cria distinções. Fala daqueles que acolhem, sem olhar às dificuldades em O compreenderem e O seguirem, mesmo deixando entender, até pelas narrações anteriores de Marcos, que também fala para os que O não recebem.
Na primeira leitura do livro da Sabedoria, de acordo com o seu estilo, quer-nos fazer compreender uma lição essencial: a incompatibilidade entre os dois modos de vida, gerando dificuldades inevitáveis para o que quer viver segundo a Lei de Deus. A leitura de hoje não pode ser isolada do contexto e até do capítulo em que se integra cuja mensagem essencial é «Deus não quer a morte, a justiça é imortal». Pelo seu modo de vida, pela lembrança das suas convicções, o justo torna-se para os ímpios uma censura permanente. Daí a atitude dos ímpios: a melhor maneira para se tranquilizarem é eliminá-lo. Na Paixão de Cristo isto deixa de ser apenas uma lição de moral, para se converter numa realidade inscrita no coração da história humana. Não se tratam apenas de aspectos materiais: ultrajes, tormentos, condenação à morte… São também todos os acontecimentos que, pouco a pouco, se vão acumulando no decorrer dos factos. A Paixão dele é de facto a paixão do justo que nos descreve o livro da Sabedoria. Junto à cruz evoca-se isto mesmo, quando, na narração de Lucas, o centurião que O trespassa exclama «de facto, este homem era um justo». Nouvelle du salut annoncée aux hommes par JésusAttitude qui incite à l'indulgence et au pardon.
Tudo isto nos diz respeito. E de que maneira. A carta de S. Tiago retoma estas duas formas de vida: a da justiça em Cristo Jesus, e a que, independentemente das aparências, será o reverso da medalha, fonte de conflitos e da morte. «Cobiçais e nada conseguis: então assassinais. Sois invejosos e não podeis obter nada: então entrais em conflitos e guerras. Nada tendes, porque nada pedis.» É uma passagem realista. De facto somos nós, homens e mulheres, que destruímos, e que criamos os sofrimentos, as desigualdades, as guerras. «Pedis e não recebeis, porque pedis mal, pois o que pedis é para satisfazer as vossas paixões.» Ao contrário, a Sabedoria que vem de Deus e antes de mais rectidão, e consequentemente, paz fecunda. «Ela dá o seu fruto aos que fazem a paz.» Diz uma passagem do sermão da Montanha: «Felizes os que fazem a paz, porque serão chamados Filhos de Deus». Cabe-nos então a nós acolher o Filho do Homem, em toda a sua verdade e realidade, que inclui a sua paixão e morte, para partilharmos na Ressurreição a vida divina Daquele que no-la enviou. A explicação dada aos apóstolos, por Jesus no Evangelho, quer iluminar a sua incompreensão que não é senão um reflexo da impiedade que a todos nos habita. O silêncio no qual eles se fecham vem do medo que têm em Lhe perguntar o sentido daquilo que o Mestre afirmara.
A realidade e a proposta que Jesus nos apresenta são diferentes daquelas que poderia vislumbrar o autor do livro da Sabedoria, algumas dezenas de anos antes. Jesus é rejeitado por outros motivos. Em primeiro lugar por ser um incómodo, por trazer ao de cima a verdade. Uma verdade que faz tremer o círculo em que se fechara o ímpio. «A verdade vos fará livres». Depois, ele não é apenas um justo no meio dos justos, com uma personalidade interessante. Também não é apenas a consciência dos que andam dispersos. Como Messias, Ele é provocante de outra forma. Reune o Povo de Deus sobre o próprio Deus. Os seus adversários não são ingénuos quando o apresentam a Pilatos como alguém que ameaça a autoridade civil, embora ele não lhe encontrasse qualquer culpa, e soubesse que não era esse o motivo pelo qual o queriam condenar. Mas o medo de uns e de outros gera a condenação à morte. A pretensão de Jesus é mais radical que uma pretensão política ou social, qualquer que seja. Ele não é apenas um filho como todos os membros do povo de Deus. Ele é o Filho, o Único. E isto é que os que estavam acomodados à ordem estabelecida não podiam tolerar. A questão central é simplesmente esta: «Diz-nos, pelo Deus vivo, és tu o Cristo-Messias, o Filho de Deus?» «Deus chamou-nos por meio do Evangelho, para alcançarmos a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.» Se no fim, é Deus quem nos acolhe, é preciso já, acolhermos, nós, Aquele que Ele enviou. Pelo exemplo de Jesus, que toma nos seus braços uma criança, como sinal deste acolhimento, Ele quer-nos recordar que temos de acolhê-LO, nos mais pequenos, não apenas as crianças, mas nos pequenos aos olhos do mundo, mas afinal em quem Ele vem ao nosso encontro: em quem quer que se encontre na miséria, na pobreza, na fome, na solidão.
Falando em quem vem ao nosso encontro, esperais naturalmente que vos diga quem sou, e alguma coisa do que fiz e do que farei no meio de vós. Peço a vossa boa-vontade para escutardes. Quiseram chamar-me Rui ainda antes de ter nascido prematuro a 6 de Junho de 1986 na maternidade do Penedo da Saudade, em Coimbra. Filho mais novo da família, sou natural do Penedo da Sé, paróquia do Marmeleiro, concelho da Guarda, paróquia onde me baptizaram a 10 de Agosto do mesmo ano, e onde faria a caminhada normal de catequese, sacramentos, escola primária, até em Setembro de 1995 iniciar a caminhada de Seminário, no menor da nossa diocese, no Fundão. Entrei para o Seminário movido pelo exemplo do meu pároco, entretanto falecido, mas de que me marcou profundamente na minha imagem do sacerdócio. No Fundão passei os 5 anos do ensino básico. Em 2000 transitei para o Seminário Maior, na Guarda, onde fiz o ensino secundário e os dois primeiros anos do Curso de Teologia. Em 2005 interrompi o percurso de seminário, para ir frequentar o 3º ano do curso de licenciatura em Teologia na Faculdade de Teologia da UCP – Porto, onde transitaria para o Mestrado Integrado em Teologia. Regressei à Diocese em Setembro de 2006, a partir de quando comecei um semestre de trabalho pastoral, de acordo com as orientações do Senhor Bispo e do Reitor do Seminário, em três locais distintos: as Paróquias da Guarda (Sé e S. Vicente), confiadas aos Rev.dos Padres António Moiteiro e José Dionísio; a Equipa de Pastoral da Casa de Saude Bento Menni, sob a direcção da Ir. Alice Roseiro; e na Cáritas Diocesana. No 2º semestre desse ano lectivo recomecei as aulas no ISTBD, em Viseu, a frequentar o 4º ano de Teologia, onde estive até ao mês de Junho passado. Pastoralmente passei, mais tarde, a colaborar com o Pe. António Morais, em Gouveia, Folgosinho, Nabais, Freixo da Serra em 2007/2008, e no último ano também em Melo, até Julho passado. Em 2008/09 frequentei o Ano pastoral no mesmo instituto, acumulando a frequência do Mestrado na Faculdade de Teologia da UCP-Braga, onde sob a orientação do Prof. Doutor João Duque, me encontro ainda a realizar a tese sob o tema «o discurso sobre Deus na Teologia feminista de E. Johnson». Recebi no dia 8 de Dezembro o ministério de Leitor, e em 27 de Junho o ministério de Acólito.
Em Julho deste ano o Senhor Bispo pediu-me que realizasse o estágio pastoral junto do Pe. João Barroso, nas cinco comunidades paroquiais que lhe estão confiadas e no Dep D. Infância e Adolescência do SDEC. Entre outros serviços que o senhor padre ainda me há-de pedir, ocupam-me o tempo as aulas de EMRC na Escola EB2/3 de Loriga, e a organização da catequese paroquial. Encontro-me portanto num percurso em ordem ao sacerdócio, ao qual desde cedo me senti chamado, e que se Deus quiser hei-de abraçar num futuro não muito distante. Quisera servir-me das palavras do Evangelho de hoje, que é bastante sugestivo, no que diz respeito a como me apresento no meio de vós: apresento-me como o último de entre vós, e o servo de todos. Ajudai-me a caminhar, sobretudo com a vossa oração. Quem quer seguir Jesus tem de mudar a mentalidade, os esquemas de pensamento, os valores egoístas e abrir o coração à vontade de Deus, às propostas de Deus, aos desafios de Deus. Para poder exclamar com o salmista : “O Senhor sustenta a minha vida”. Mais do que um desafio que coloco a mim mesmo, é o desafio que a palavra de Deus hoje nos deixa a todos. Saibamos nós, de coração agradecido, deixar que o Senhor seja o sustento da nossa vida.

24 julho 2009

Afinal ele está connosco!

Deus acompanha-nos. Com a multiplicação dos pães, Jesus revela que Deus está atento à nossa vida humana ordinária e quotidiana. Já no domingo passado o Ev chamava a atenção para o olhar de Jesus sobre a multidão: ao ver uma grande multidão compadeceu-se dela porque eram como ovelhas sem pastor, e começou a ensiná-los. O essencial para todos nós é encontrar, hoje, ou cada dia, a resposta à nossa necessidade de saber, de conhecer, para dar-mos um sentido à nossa vida, a toda a nossa vida. Jesus ensina a multidão dos que acorrem até ele. Tanto ou tão pouco que eles acabam por passar um dia inteiro, sem se aperceberem, e ao cair da noite, era tarde para ir procurar alimento às aldeias à volta, casais e quintas. Este é o quadro de continuidade que o Ev hoje nos apresenta. Por um momento parece que o Evangelho e o próprio Jesus se tornam realistas, se podemos considerar assim. Ele tinha dado prioridade a ensinar a Palavra, ao alimento espiritual, mas reconhece também a situação em que a multidão se encontra. E novamente é ele que toma a iniciativa, e pergunta a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?» A resposta é também realista: o salário de duzentos dias de trabalho não dava para alimentar aquela multidão. Eles não tinham meios para tanto.
O Homem acompanha Deus. Jesus revela-nos o verdadeiro rosto de Deus, que através do seu Filho alimenta a multidão. Mas Deus requer a participação do homem. Espera de nós que sejamos sinceros e demos o que temos. Tem necessidade da nossa ajuda, mesmo se for insignificante, mas sincera. Não pode, ou não quer, fazer o milagre a partir do nada. «Um rapaz, cinco pães e dois peixes». Nem sequer é a partir da fé dos apóstolos. Deus nem nos substitui, nem se substitui a nós. Confia-nos a tarefa de fazer acreditar e multiplicar os seus próprios dons que se tornam assim dons nossos. Acabamos por reconhecer ao mesmo tempo os nossos limites, mas também a nossa grandeza em colaborarmos com a nossa acção na obra de Deus. Assim aconteceu com Eliseu na 1ª leitura que diz ao servo para alimentar as gentes, mesmo se eram poucos pães para tanta gente. Mas cumpriu-se o que o Senhor disse: comerão e ainda há-de sobrar. E assim foi. Mas também nós hoje podemos fazer o mesmo: em vez de procurar culpar Deus pelo mal que há no mundo, dar-mos as nossas mãos pelas grandes causas, como pelas pequenas. Ajudando quem sofre longe, ou perto, mesmo ao nosso lado. Dando do nosso pão e dos nossos peixes. O milagre é tarefa de Deus, mas também passa pelas nossas mãos. E porque muito amámos muito nos será perdoado.
Deus acompanha-nos. Quando ficaram saciados, quando o milagre se tinha realizado, a multidão espantada, reflecte no que tinha acontecido. Não pensa nos doze cestos que sobram, e no que quereria dizer isso, nem no número dos pães e dos peixes. A conclusão foi mais transcendente e ao mesmo tempo a mais normal: «Este era na verdade o profeta que estava para vir ao mundo». Então Jesus retira-se. Ele sabe que o queriam reter, que o queriam fazer rei. E retira-se porque não quer que nos detenhamos no milagre materialmente falando: muito pão, mais que o necessário, sem dinheiro. Nem noutra qualquer significação espiritual que não seja a de quem descobre o Coração do próprio Deus, que nos ama e sabe que nós, homens e mulheres, também hoje neste tempo, não vivemos só de pão. Por isso é que antes de alimentar a multidão, os instrui longamente. E depois retira-se sozinho, para o monte. Parece que tudo termina. Jesus não veio resolver a fome do mundo, nem naquele tempo, nem neste. Mesmo que ele tenha matado a fome àqueles, e hoje a nós, espiritualmente falando, somos nós, homens e mulheres, que temos de matar a fome aos nossos irmãos que sofrem. Veio para nos lembrar o essencial: «vinde e vede». Não é por causa dos pães e dos peixes que temos de O seguir. É pela Palavra que ele nos dá. A mesma que Ele foi enviado a anunciar, a mesma que hoje nos diz. E que somos de novo chamados a anunciar. A nossa vocação, como nos recorda Paulo, é a de sermos chamados a uma só esperança: Ele que está perto de quantos o invocam (Salmo), um só Deus e Pai de todos, que embora estando acima de todos, actua em todos, e em todos se encontra.
O Senhor nos torne conscientes de tudo isto e nos mova o coração, e os braços, para sermos hoje o milagre de Deus no meio do mundo, que de novo quer saciar todos os homens e mulheres com o Pão da vida, Jesus Cristo, a Palavra de Deus ao mundo em que vivemos, que nos garante que Deus não nos abandona, antes nos acompanha, ao ponto de dar a vida por nós. Ámen.

21 julho 2009

verdade na caridade

Ando a ler a nova encíclica do Papa. Não haja dúvida de que é um documento interessante sobre vários pontos de vista. Aliás, espero com isto desafiar muitos à leitura. Já agora, alguém me saberá responder porque é que não parece a mesma pessoa a escrever, quando relacionado com as atitudes que transparecem do seu ministério como sucessor de Pedro?!

06 julho 2009

Para ler e perceber

Carta de Bento XVI para proclamar o Ano Sacerdotal, no 150º Aniversário de João Maria Vianney, o Santo Cura d'Ars
" é o próprio Deus que corre atrás do pecador e o faz voltar para Ele". Esta é uma frase do Cura d'Ars, que, a mim, da leitura da carta do Papa, mais me toca e me interroga. Penso que nos deveria fazer pensar a todos, quem sabe até àqueles que pensam, e escrevem, que o Santo entrava na Igreja de manhã, e dela saía no final do dia. É que hoje a casa de Deus está partida em mil pedaços também junto daqueles que não se deslocam ao edifício, e o padre já não pode apenas sentar-se lá, esperando que venham ao seu encontro, porque é o próprio Deus que corre atrás do pecador e o faz voltar para Ele. E por aí será o caminho. Termina a Carta do Papa: "«No mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo» (Jo 16, 33). A fé no divino Mestre dá-nos a força para olhar confiadamente o futuro. Amados sacerdotes, Cristo conta convosco. A exemplo do Santo Cura d’Ars, deixai-vos conquistar por Ele e sereis também vós, no mundo actual, mensageiros de esperança, de reconciliação, de paz."

28 junho 2009

Mais um passo...

Com a oração de benção dos Acólitos, do Pontifical Romano da Instituição dos Leitores e dos Acólitos, o bispo institui o acólito dizendo «Fazei que sejam assíduos no serviço do altar, distribuam fielmente aos seus irmãos o Pão da vida, e cresçam cada vez mais na fé e na caridade, para edificação da vossa Igreja.». Este foi o ministério que assumi. Que o Senhor seja o meu auxílio e protecção.

22 junho 2009

Entrevista ao Jornal "A Voz da Fé", suplemento do "A Guarda"

(Transcrição do Suplemento do Jornal "A Guarda" de 18/06/2008)
VF - Quem és?
Rui – Um jovem de 23 anos, nascido, prematuramente, a 6 de Junho de 1986, em Coimbra, concretamente na maternidade que existia no Penedo da Saudade. Filho mais novo do Joaquim e da Maria da Piedade, irmão da Virgínia e tio da Filipa e do Miguel. “Separam-me” da minha irmã 20 anos de idade, e dos meus sobrinhos, respectivamente, 5 e 10 anos. Mas, vamos por partes. Sou natural da Paróquia do Marmeleiro, concelho da Guarda, onde me baptizaram a 12 de Agosto do ano em que nasci, e, mais exactamente, da pequena aldeia do Penedo da Sé, onde cresci, frequentei a escola primária, e vivi, ininterruptamente, até aos 9 anos. Nasci numa família simples, que se dedica à agricultura e à pastorícia, e que me tem dado sempre mais do que o possível. Os meus pais também são naturais da mesma localidade, bem como a minha irmã, pese embora que alguns anos tenham conhecido a emigração em França. De “casa” faz parte, agora de forma diferente, um tio-avô meu, Joaquim, que viveu connosco até ao ano passado, e a quem devo, também, muito de quem sou. Representa sempre para mim a figura dos avós, que, praticamente, não conheci. Não tendo tido filhos, encontrou, nos meus pais e em nós, os filhos, os netos e bisnetos, por quem sempre trabalhou, e por quem ofereceu a sua longa e dedicada existência. O facto de ser tio da Filipa e do Miguel também constitui a minha identidade, porque o sou desde pequeno, e, eles são únicos para mim, como os meus pais e irmã, já que sou também o único tio que têm, porque o meu cunhado não tem mais irmãos. Quem sou devo-o também, felizmente, a mais pessoas, familiares, amigos e amigas, que têm passado pela minha vida ao longo destes 23 anos, e que me têm oferecido o seu amor, a sua amizade, o seu tempo, enfim, para não vos enganar, me têm mostrado o rosto de Deus, por graça de Quem, no fim de contas, sou quem sou.
VF - O que foi para ti o Seminário?
Rui – Boa pergunta. O Seminário acolheu-me ainda criança, e acolhe-me, actualmente, nesta etapa da minha juventude. Tendo em conta que conheci o Seminário com 9 anos de idade, em 1995/96, no Fundão e passei pelo da Guarda em dois períodos diferentes, desde 2000/01 a 2004/05, e depois de 2006/07 até agora, devo saber responder o que foram estes quase 14 anos! Entrei porque queria ser como o meu pároco, o Pe. José de Oliveira Martins, alguém que me estimou e foi um dos meus primeiros amigos. Foi ele que me chamou, ou, melhor, foi por ele que Deus me chamou, por então, a “ajudar” à Missa e a ler, com 5 anos. Antes ainda, recordo a ida à Igreja ao colo do meu pai com a minha mãe. Eles confiaram nas minhas palavras de criança, que queria, também, um dia, ser “senhor padre e professor”. Essa foi a minha primeira experiência de seminário: o meu pároco (que, felizmente, nos que o sucederam, se prolongou até hoje), e a família. Já não foi, no entanto, com ele que conheci o Seminário do Fundão porque, antes, o Senhor decidiu colocar-lhe, «aos ombros, a cândida estola da imortalidade». Para não alongar a resposta, simplificaria o tempo de seminário menor a uma experiência de companheirismo, até então não experimentada, que, durante cinco anos, me educou, sobretudo intelectualmente, não esquecendo as demais dimensões do seminário, mas que talvez não tenham ficado tão marcadas. O Seminário da Guarda descobri-o ainda durante as visitas que nos faziam ao Fundão e que, nós, quando já éramos dos mais velhos por lá, vínhamos cá fazer. Foi o prolongamento natural, que eu segui, para continuar a realizar a vontade nunca anulada da criança de 5 anos. Aqui descobri, no início do secundário, uma nova família, diferente da que tinha encontrado antes. Mais pequena, é certo, mas unida. Um grupo de amigos, mais até de irmãos, onde, os mais velhos, de tempos a tempos, concretizavam o sonho e a vocação que tínhamos em comum, e que nos fazia viver na mesma casa. Deus tem caminhos que nós não compreendemos, e «os dele não são os nossos». Isto tem força; não porque eu o diga agora, mas porque é Palavra dele. E, depois de ter passado um ano na Faculdade de Teologia da UCP, no Porto, regressei ao Seminário da Guarda, até ao presente. Parece que iludi, até aqui, a resposta, mas não: isto, dito tanto quanto se pode dizer neste espaço, foi o “meu” seminário. Agora, vejo-o como o tempo que percorri para procurar começar a aprender de Jesus, por meio de instrumentos humanos, seus, a sua vontade a meu respeito. Uns dias mais claros, outros mais escuros. Manhã radiosa, com pequenos rasgos de submersa, aqui e além, mas «eis-me aqui». No seminário encontrei amigos e irmãos, não apenas os colegas, mas também superiores, irmãs e professores. As marcas que deixaram em mim exigem que os refira. Mesmo se não digo nomes, eles sabem quem são, ainda hoje, e qual o papel que continuam a desempenhar na minha vida.
VF - Que papel podem ter os nossos Seminários na sociedade de hoje?
Rui – Além de referir que não só podem, como devem, ter na sociedade de hoje o papel que a Igreja espera deles, e, apesar de não ter de ser eu a responder a essa questão, posso referir-me à minha experiência concreta. A mim, os nossos seminários, maior e menor, ajudaram-me, em cada momento da minha vida, a descobrir a vontade de Deus a meu respeito, para que, hoje, possa colocar nas mãos da Igreja a decisão concludente, sobre a forma como me quero entregar, através dela, ao serviço do mundo, que Deus criou para nós. Não vislumbro outro papel que os nossos seminários devam ter, e têm, senão ajudar a aprofundar a fé daqueles que aqui vêm, como candidatos futuros ao sacerdócio, e ajudá-los a conhecer melhor as implicações da sua vocação, preparando-os para dar uma resposta Àquele que acreditamos que, por meio das circunstâncias diversas da nossa vida, nos chama.
VF - Como ser imagem de Cristo hoje?
Rui - Simples e complexo ao mesmo tempo. Ele disse que nos haviam de reconhecer, aos cristãos, pela forma como nos amávamos uns aos outros. Ora isso tem “tradução” concreta em acções e formas de vida, não apenas em linguagens mais ou menos cuidadas, ou em exterioridades, possivelmente sem qualquer profundidade interior. Nesse sentido, é simples porque, Cristo, quando nos «mandou» fazer como Ele fez, não só nos deu o exemplo, como nos disse concretamente o que fazer. Mas “isto” de ser imagem de Cristo é também complexo, sobretudo no mundo de hoje! Só que hoje, como sempre, este é «o» mundo que acreditamos que Deus criou para nós, pesem embora as suas limitações, onde estão incluídas as nossas, e seguramente as minhas. Por isso, acidentalmente (!), não há-de ter sido criado em contraposição, nem a Cristo nem a Deus! E é possível, hoje, ser esta imagem de Deus, que, por excelência, é Cristo, e hão-de ser os cristãos.
VF - Que projectos para o futuro?
Rui – Já vos contei quais os projectos que bailavam na minha mente de criança quando falava “disto”. É caso para dizer que entrei no seminário com uma ideia, “pintada” pelo exemplo impressionante de um sacerdote, que tinha um enorme sorriso para todos, e que essa ideia se foi tornando maior, pelos sorrisos que fui encontrando. Mas Deus também me foi mostrando que a vida não é apenas esses sorrisos e que há, a preceder a alegria, uma cruz que, com Ele, temos de saber levar para o Gólgota. Por isso, ser padre, mantém-se «o projecto», para um futuro, se Deus quiser, não muito distante. O «como» é que foi realmente mudando ao longo destes anos. Hoje, em teoria, sei o que é ser padre e estou disposto a sê-lo. Mas também tenho consciência que não hei-de ser padre assim como aprendi. Por diversos motivos, onde se incluem, certamente, as minhas debilidades. Mas «imensamente mais», pelo Seu Espírito em mim, assim creio, se inclui Jesus Cristo, à imagem de quem quero ser padre, e é Ele que há-de dar a “chave” para responder ao «mistério» a que me proponho, nesta Igreja diocesana.

06 junho 2009

Mais um... e vão 23!


Nunca seria capaz de agradecer este dom se Ele não me ajudasse a reconhecê-lo. É dom e mistério ao mesmo tempo. Porque é grande, porque não sei onde me leva, pelo menos por agora... Confio em que Ele comigo traça o caminho... Obrigado pela vida, pela família, pelos amigos.

25 maio 2009

palavras, mais do que a Palavra

Há meses que não escrevo aqui. Tenho passado o tempo noutras escritas. Talvez tenha sido pouco o tempo para partilhar pensamentos, sonhos, ou palavras ao vento. Sinto-me um pouco dentro de uma vitrine, diante de uma rua onde as pessoas vão passando, e a chuva molha os vidros, ao sabor do vento que fustiga e arrefece. Nunca ninguém disse que a vida era fácil. Mas também foram poucos aqueles que a têm assim tão dificil. Ler, dizia Pessoa, é uma forma servil de sonhar. Por isso há que sonhar os nossos próprios sonhos. Uns dias em prosa. Alguns em poesia. Outros numa confusão de letras que estamos à espera que se arrumem. Depende de nós alinhar o alfabeto. Não depende de nós escolher as letras. Foram-nos ensinadas. Mesmo se só aqui e além entendemos o que significam. Cultura, dizem. Confesso que desconheço qual a cultura em que nos encontramos nestes dias. Ontem e hoje passam. Amanhã acreditamos que vai chegar. E, eu penso que é lá que vale a pena morar. Porque morar no hoje, ou com os pés no ontem não está bem. Quem vive só do hoje depressa perderá o sentido de cada dia. E quem vive de ontem... bem, não vive, já morreu. Só quem vive do amanhã é que pode continuar a viver com quem foi, quem é, esperando quem será. Há um tempo para tudo. Mas parece-me que neste tempo não há que continue de pé.

06 março 2009

Confesso...

Confesso que há muitas coisas que não sei dizer, que ando inseguro e que não sei viver em plenitude aquilo que me pedes. E tenho que dizer, que rompo com os Teus planos pela raiz, que procuro atalhos para ser feliz, quando é preciso fazer caminho.
Confesso, confesso a todos os que estais aqui, que recebi muito mais do que dei, porque nem sequer dei nada. E tenho de reconhecer, que é muito mais simples falar que fazer, e até agora disse muito, mas ser, fui muito menos. E às vezes dizem-se coisas sem sentir, sem pensar que Deus é alguém importante. E que para manter a imagem as vezes sou capaz de esquecer que é Deus a quem tenho diante.
Confesso que rezo a Deus e esqueço os irmãos, que digo "amén" por não seguir na luta, e que procuro fazer regos com as mãos. E não posso esconder que me instalei num lugar fácil, que me conformo com olhar pra trás e não deito mãos ao arado... Confesso. (Trad. do espanhol)

24 fevereiro 2009

Santo Desierto de San José de Batuecas


Desde o princípio da Reforma do Carmelo Descalço masculino, que Sta. Teresa de Jesus recordara aos frades para que tivessem presente aqueles Santos Padres do Deserto, nos que a Ordem teve a sua origem. A Santa queria frades, e queria-os contemplativos, submetendo à contemplação, a vida litúrgica e de oração, as actividades externas, e não ao revés. S. João da Cruz, protótipo do Carmelita Descalço, foi antes de mais uma alma contemplativa, amante da solidão e da penitência. Ele soube conjugar a actividade apostólica, com a exigência da vida retirada, orante e simples do Carmelo reformado. Fr. Tomás de Jesus promoverá a erecção canónica de conventos contemplativos que se chamarão “Desiertos”. O primeiro “Desierto” carmelita foi fundado em Bolarque (Guadalajara), em 1593, num sítio solitário e apartado do tumulto do mundo. Em 1599 foi fundado o Santo Desierto de San José de las Batuecas. Os Desertos acolheram frades desejosos de uma vida de maior recolecção, fosse permanente ou temporal. Os últimos, uma vez terminado o seu tempo no Deserto, voltavam aos seus conventos com um renovado fervor, convertendo-se em testemunhos edificantes para os seus irmãos de hábito, e promotores de uma maior e mais perfeita observância. De tal modo se viu a conveniência dos Desertos, que cada Província do Reino fundou o seu próprio deserto. A desamortización de Mendizábal (1835) trouxe a sentença de morte para os “Desiertos” e demais conventos carmelitas. San José de las Batuecas foi abandonado, como tantos outros, e apesar da restauração da Ordem, iniciada no Convento de Marquina, em 1868, o Deserto das Batuecas não foi recuperado. Em 1937, Santa Maravilhas de Jesus instalou-se aqui (tinha-o adquirido pouco antes da guerra) com uma comunidade de monjas. Será em 1950, quando se transladou a comunidade feminina para Cabrera (Salamanca), que será devolvido aos frades Carmelitas Descalços. Assim, a vida religiosa foi restaurada nas Batuecas (pelo venerável Fr. Valentín de San José), até hoje. Actualmente, o Deserto das Batuecas continua com a sua silenciosa missão no seio da Ordem e da Igreja. A sua missão, escondida e quase despercebida, é frutíferos dados os frutos que recolhe. A comunidade do “Desierto de las Batuecas” experimenta um novo despertar vocacional. Este género de vida suscita interesse. Por isso, foi concedido à jovem comunidade, presidida por Fr Ramón María de la Cruz, a faculdade de receber postulantes, que depois de fazerem o noviciado interprovincial no Desierto de las Palmas (Benicasim) e os estudos eclesiásticos, têm assegurada a conventualidade nas Batuecas. A vida mariana, simples, orante, pobre e trabalhadora do Deserto é atractiva nos tempos actuais, por isso o mosteiro dispõe de uma hospedaria para poder passar alguns dias. Também existe a possibilidade de se retirar a qualquer das eremitas dispersas pelos terrenos conventuais. Os frades oferecem acompanhamento espiritual mas não aceitam grupos, nem realizam actividades pastorais nos “pueblos” vizinhos.

19 janeiro 2009

Um serviço à Palavra...

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Vale a pena passar por lá e subscrever o serviço...

05 janeiro 2009

Epifania... A palavra de Deus hoje

Porque é que será que teimamos em não reconhecer Deus cada vez que Ele se manifesta na nossa vida?!
Manifestou-Se como menino, mais tarde capaz de mudar a água em vinho, e, se dúvidas ainda houvesse, "fez-se ouvir a voz do Pai: «Este é o Meu Filho muito amado»". Os mais intrépidos seremos levados a responder que na nossa vida a Voz do Pai não se ouve... Mas faz-Se ouvir. E esta era hoje a minha oração e a minha partilha convosco: já que Deus nos fala por meio do Seu Filho, Jesus Cristo, porque não tentar ouvi-lo?!
Dá-nos, Senhor, a capacidade de Te escutarmos quando nos falas, Tu que nos dizes hoje o mesmo que disseste a Filipe: "Segue-me".
Amen.