No ano passado tive ocasião de participar numa escola de oração organizada pelo Padres Carmelitas, no Convento Stella Maris, Foz do Douro, Porto. Andei a arrumar uns "papéis" e encontrei esta reflexão. Partilho-a na esperança de que vos possa ajudar nesta caminhada de "seres animados pensantes".
"Tornar-mo-nos servos do Amor, eis o fim para que fomos criados" (Teresa de Jesus V11,1)
O verdadeiro orante, reza onde quer que seja. Somos muito diferentes, Ele e eu. A diferença entre nós é intransponível por mérito nosso.
Ele deixa-nos liberdade para seguirmos o caminho que quisermos seguir. A Sua paixão descentra-se de ser nos Seus próprios interesses, mas em favor dos outros, não como nós, cujas paixões estão centradas em nós.
A nossa condição e realidade é esta. Pelo contrário, em Jesus, o centro deixa de ser Ele, e passa a ser em favor dos outros, no interesse dos outros. Partimos, então, da oração para colocar "no sítio" aquilo que em nós está desordenado.
"O amor não se cansa, atrai-nos, espera sempre". Quando por vezes pensamos estar a construir a nossa vida, o nosso futuro, o nosso ..., o nosso... acontece que basta chegar ao virar da esquina e encontramos apenas as nossas mãos vazias: nada restou.. Com os olhos de Deus vemos as coisas de modo diferente: "faça-se a vossa vontade assim na terra como no céu"...
O objectivo final é que a nossa vontade seja a vontade de Deus, vivendo o céu na terra, assegurando assim que a nossa vida não seja senão o cumprimento da Sua vontade.
Jesus espera por nós, cansado, mas curando as nossas feridas, acolhendo-nos, sarando as nossas chagas, como sempre, de braços estendidos...
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