Começamos a existir Naquele Sonho que faz realidade todos os outros, derramando o Seu amor, através do amor de dois seres humanos, e, no milagre da vida, descobri-mo-nos capazes de pensar, de amar, de chorar, mas também de sorrir. Misturando este sonho, agitado pela vida, assim pensamos... e do pensar a letra se faz, e da Palavra se recomeça de novo, como na Origem.

16 julho 2007

Em arrumações...

No ano passado tive ocasião de participar numa escola de oração organizada pelo Padres Carmelitas, no Convento Stella Maris, Foz do Douro, Porto. Andei a arrumar uns "papéis" e encontrei esta reflexão. Partilho-a na esperança de que vos possa ajudar nesta caminhada de "seres animados pensantes".
"Tornar-mo-nos servos do Amor, eis o fim para que fomos criados" (Teresa de Jesus V11,1)
O verdadeiro orante, reza onde quer que seja. Somos muito diferentes, Ele e eu. A diferença entre nós é intransponível por mérito nosso.
Ele deixa-nos liberdade para seguirmos o caminho que quisermos seguir. A Sua paixão descentra-se de ser nos Seus próprios interesses, mas em favor dos outros, não como nós, cujas paixões estão centradas em nós.
A nossa condição e realidade é esta. Pelo contrário, em Jesus, o centro deixa de ser Ele, e passa a ser em favor dos outros, no interesse dos outros. Partimos, então, da oração para colocar "no sítio" aquilo que em nós está desordenado.
"O amor não se cansa, atrai-nos, espera sempre". Quando por vezes pensamos estar a construir a nossa vida, o nosso futuro, o nosso ..., o nosso... acontece que basta chegar ao virar da esquina e encontramos apenas as nossas mãos vazias: nada restou.. Com os olhos de Deus vemos as coisas de modo diferente: "faça-se a vossa vontade assim na terra como no céu"...
O objectivo final é que a nossa vontade seja a vontade de Deus, vivendo o céu na terra, assegurando assim que a nossa vida não seja senão o cumprimento da Sua vontade.
Jesus espera por nós, cansado, mas curando as nossas feridas, acolhendo-nos, sarando as nossas chagas, como sempre, de braços estendidos...

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